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Por Liane Carvalho Oleques

Mestre em Artes Visuais (UDESC, 2010)
Graduada em Licenciatura em Desenho e Plástica (UFSM, 2008)

Podemos dizer que o Expressionismo foi o termo aplicado as diferentes linguagens da arte no início de século XX. Pode-se classificar o Expressionismo como um movimento heterogêneo, pois abarcou artistas de diferentes nacionalidades, épocas e formação. Teve seu auge no período correspondente a 1905 a 1920 aproximadamente, e se compôs a partir de diferentes círculos artísticos ao mesmo tempo. Muitos historiadores empregam esse termo para se referir as obras de outros artistas que compunham a história da arte. Assim, é possível encontrar as raízes do Expressionismo em obras de outras épocas como Francis Bacon (1561 – 1626), Goya (1746 – 1828), Edvard Munch (1863 – 1944) e Van Gogh (1853 – 1890), por exemplo, essas podem ser descritas como expressionistas tantos pelos traços como pela profundidade psicológica.

Os expressionistas usavam cores fortes e vibrantes, figuras destorcidas e por vezes se utilizava da abstração para tratar temas como a alienação, bem como, faziam uso emocional e simbólico da cor e da linha. O Expressionismo é a arte dos extremos emocionais, da inquietação e da espiritualidade. Podemos diferenciar o Expressionismo do Impressionismo, pois em lugar de reproduzir uma impressão do mundo que o cercava os expressionistas colocavam em suas obras suas próprias conclusões e temperamentos sobre suas visões do mundo. Assim o Expressionismo passou a se referir a um tipo de arte produzido na Alemanha no início do século XX e disseminado para outros países abrangendo diferentes artistas de diferentes tendências. Dois grupos, Die Brücke “A Ponte” (Fundado em 1905) e Der Blaue Reiter “O Cavaleiro Azul” (fundado em 1911) constituíram as principais manifestações do Expressionismo na Alemanha.

Com a pretensão de estabelecer uma ponte com as bases para uma arte de futuro o primeiro grupo recebeu este nome de uma de seus integrantes que eram compostos por: Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, Erich Heckel e Karl Schmidt-Rottluff. Ao longo dos anos foi recebendo outros artistas alemães e de outras nacionalidades. O grupo A Ponte foi influenciado por artistas como Van Gogh, Gauguin e Munch, além de se inspirarem no gótico alemão e na arte africana. Também sofreram forte influência do Fauvismo, após visitarem uma exposição de Matisse em Berlim em 1908.

O segundo grupo denominado O Cavaleiro Azul voltou o tema de suas pinturas para uma área mais subjetiva e mística, buscando revelações espirituais. Tiveram influência de Kandinsky e Jawlensky e usava uma paleta diversa, com cores mais sutis que o primeiro grupo.

No Brasil um dos nomes mais fortes quando falamos de Expressionismo é de Anita Malfatti. Anita introduziu as vanguardas europeias no Brasil após um período de estudos na Alemanha. As cores fortes e vivas de suas pinturas remontam retratos e paisagens. Após críticas a seu estilo de pintura, abandona o Expressionismo dedicando-se a pintura tradicional.

Com a chegada da Primeira Guerra Mundial, o movimento perde forças, mas ganha motivos para retratar os horrores da guerra.

Referências:
Expressionismo. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3784/expressionismo

LITTLE, Stephen. …ismos: para entender a arte. Brasil, Ed. Globo, 2011.